29 de julho de 2013

Mentores Espirituais e más influenciações

Muitos pensam que seu anjo da guarda ou Espírito Protetor seja um ser elevadíssimo, um Espírito Superior - isso é uma presunção. Seria o mesmo que pretendermos que o Ministro da Justiça viesse resolver a nossa questiúncula com nosso vizinho. Para isso, existe uma autoridade específica. Que temos diversos Espíritos que se interessam pela nossa proteção e desenvolvimento, não resta dúvida, mas que os mesmos sejam de ordem superior é pura vaidade de nossa parte; contudo, são de fato melhores do que nós, pois não se justificaria que um inferior protegesse um superior. Assim sendo, todos nós temos os nossos guardiãs, segundo as nossas condições evolutivas. Entretanto, é necessário lembrar que há uma hierarquia em todos os planos, tendo em vista que quando o problema escapa à competência do mentor, ele solicita do seu superior a necessária intervenção. Outro aspecto a ser considerado é o da efetiva e ininterrupta assistência do guardião ao seu pupilo, como fosse um escravo a nosso serviço. Quando os Espíritos disseram que o anjo guardião se liga ao seu protegido, não significa uma constante assistência, mas sim um compromisso para com aquela criatura, ajudando-a sempre que necessário, seja pela evocação feita pelo tutelado ou pelos vigilantes deste, que são os Espíritos familiares ou afins. Caso contrário, o protetor não disporia de tempo para os estudos (o Espírito evolui eternamente) ou para outras tarefas, bem como para o lazer. Lembremo-nos também que temos a companhia que estivermos invocando pelas nossas condições mentais, as quais variam segundo as nossas atitudes: se estivermos voltados para os anseios carnais ou violentos, não poderemos ser ajudados pelos nossos benfeitores, porque, ao afinar com entidades inferiores, automaticamente estaremos repelindo, sistemicamente, aqueles que nos querem ajudar.

Em relação à questão 469 do Livro dos Espíritos, esclarece-nos o espírito de Miramez: “ O modo pelo qual podemos neutralizar a influência dos Espíritos ignorantes é, certamente, fazendo o bem. O bem é força poderosa contra o mal, é o antídoto da influência do mal.

O Espírito, em certa fase na sua vida, fica propenso às más radiações, por encontrar dentro de si paixões inferiores acesas, e como o semelhante atrai os semelhantes, Espíritos equivocados dele se aproximam. Mesmo que o sugestionado esteja se esforçando para se desligar das inferioridades, ele ainda é afetado pelos resquícios que tem das paixões inferiores. A pureza espiritual é demorada para ser adquirida; podemos gastar várias reencarnações a fim de conhecermos a verdade e ela nos tomar livres.

Devemos, também, confiar em Deus, Chave-Mestra para o isolamento dos Espíritos inimigos, no entanto, não podemos confiar em Deus envolvidos no mal. Somente o bem neutraliza o mal, somente o amor neutraliza o ódio, somente o perdão neutraliza a violência.

Se pretendemos ajudar os ignorantes, não nos afastemos deles. A vida ensina como nos aproximar dos que esqueceram o amor. Todas as soluções de todos os problemas se encontram dentro deles. Nós, quando começamos a fazer o bem e a pensar no amor, no perdão e na fraternidade, achamos que já estamos livres das sugestões do mal que os inimigos espirituais nos inspiram. Enganamo-nos, pois, só quando passamos a viver o bem ininterruptamente é que não deixamos lugar para os pensamentos inferiores entrarem em nossa casa mental. Se somente vivemos o bem por doze horas do dia, as outras doze estarão sujeitas ao mal, assim, pode-se avaliar o quanto poderemos estar sendo influenciados pelas sombras.

No entanto, foi-nos dada a razão, para que possamos discernir uma coisa da outra. Temos, ainda, os livros na santificação do amor, para que possamos sentir os meios de nos livrar do mal. Foram designados, também, companheiros espiritualizados para nos ajudarem nos momentos de fraqueza. Deus ajuda Seus filhos por todos os meios possíveis, com o fim de despertar as criaturas, desligando-as das correntes da ignorância.

Embora já tenhamos falado, tornamos a dizer que entre os pensamentos há certos intervalos, onde agem os Espíritos inferiores, com suas sugestões inconvenientes mas, se analisarmos os pensamentos, encontraremos os que vêm de fora. Se nós mesmos emitirmos pensamentos indignos, evitemos dar-lhes continuidade, para que não nos façam joguetes de ilusões. Criemos uma carapaça em tomo de nós mesmos com a prática das virtudes ensinadas por Jesus, de modo que nos resguardemos das investidas das trevas.

Acendamos a nossa luz, que ela queima a borrasca das ideias inadequadas ao bem. Não deixemos que o mal nos dirija. Se sentirmos dificuldades em viver no bem, em amar a todas as criaturas, em gostar da fraternidade, peçamos ajuda aos que nos são superiores, que as bênçãos de Deus não faltarão aos de boa vontade.

Ao deitar, o homem não deve esquecer a oração e ao se levantar, deve fazer o mesmo. Ela é força poderosa para ajudar na neutralização das investidas das sombras em nossos caminhos. Temos o conhecimento e devemos saber como convém aplicá-lo, porque a sabedoria pode nos ajudar muito a encontrar a paz, pela conquista do amor.

Se os pensamentos que surgirem em nossa mente nos sopram a discórdia, livremo-nos deles, porque, vindo de dentro ou de fora, nos impulsiona para o sofrimento.

Procuremos Jesus em todas as situações de vida, que Ele é amor em Deus e pode nos socorrer, com a vida na amplitude da paz.

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Pesquisa na internet. Autores diversos.

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