25 de fevereiro de 2014

Carnaval e Espiritismo

Nesses dias de festa em que o Brasil inteiro para diante de um feriado tão prolongado, é bom refletir sobre esse assunto e pensar se realmente as atitudes que tomamos durante esses dias de descanso estão de acordo com o significado da festa ou com o que a doutrina espírita (e os bons preceitos morais) diz a respeito.

Você sabe o que é o Carnaval?

O Carnaval é um período festivo cristão originado na Idade Média, propriamente. Esse período era marcado pelo "adeus à carne" ou "a carne nada vale", de onde surgiu a palavra "carnaval".

A festa carnavalesca surgiu a partir da implantação, no século XI, da Semana Santa pela Igreja Católica, antecedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma. Esse longo período de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a Quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma. A palavra "carnaval" está, desse modo, relacionada com a ideia de deleite dos prazeres da carne marcado pela expressão "carnis valles", (...) sendo que "carnis" do grego significa carne e "valles" significa prazeres.

O carnaval da Antiguidade era marcado por grandes festas, onde se comia, bebia e participava de alegres celebrações e busca incessante dos prazeres. O Carnaval prolongava-se por sete dias na ruas, praças e casas da Antiga Roma, de 17 a 23 de dezembro. No período do Renascimento as festas que aconteciam nos dias de carnaval incorporaram os baile de máscaras, com suas ricas fantasias e os carros alegóricos. Ao caráter de festa popular e desorganizada juntaram-se outros tipos de comemoração e progressivamente a festa foi tomando o formato atual.

Nos dias atuais, o apelo à sensualidade e aos excessos continuam aumentando. O Carnaval do Rio de Janeiro é considerado o maior do mundo. Seu desfile das escolas de samba sempre vem com carros alegóricos grandiosos e fantasias decoradas de acordo com o enredo e o tema do desfile. As mulheres geralmente vestem-se com trajes sensuais.

Agora... Você sabe o que o Espiritismo diz sobre isso? "Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém" (I Cor. 6,12)

Para se entender o carnaval e outras festas populares, é necessário lembrar que a Terra ocupa o segundo lugar na escala evolutiva enquanto um planeta de provas e expiações. Aqui, e em mundos semelhantes, encarnam espíritos recém saídos da barbárie, dando os primeiros passos na sua história evolutiva e esses espíritos trazem consigo um grupo de sensações ou pulsões que precisam ser extravasadas para que não se voltem contra a sociedade em que encarnaram. Não foi a toa que Freud nos defendeu a tese de que a cultura nasce da repressão. Em verdade, estamos encarnados para reprimirmos as más tendências e adquirir elementos espirituais positivos como o amor, a solidariedade, o respeito ao próximo e as diferenças. Em uma palavra, desenvolver as faculdades positivas do espírito.

No livro “Nas Fronteiras da Loucura”, psicografado por Divaldo Pereira Franco, são focalizados vários desses processos obsessivos, sobre pessoas imprevidentes, que pensavam apenas em se divertir no carnaval do Rio. Mostra também o infatigável trabalho dos espíritos do bem, a serviço de Jesus, procurando diminuir o índice de desvarios e de desfechos profundamente infelizes.

A espiritualidade amiga sempre trabalha para as contenções e o tratamento das energias canalizadas durante esses exageros no carnaval. É nossa tarefa auxiliar tendo boas condutas e mentalizando boas vibrações para que a ajuda chegue a quem precisa.

------------------
Mocidade Espírita - Os Mensageiros
(Texto publicado em VOZ DE CATARINA, ed fev/14. Você pode recebê-lo em seu email. Basta se cadastrar aqui, em BOLETINS:)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A sua manifestação é importante para o aprendizado de todos que chegarem a este blog.