O silêncio e o respeito

Numa Casa Espírita o ambiente é reflexo do quanto aqueles que a freqüentam entendam o quanto ela é um hospital de almas.

Tal como naqueles hospitais do mundo físico, que todos vós conheceis, a Casa Espírita assim o é.

Em algumas delas, todo o seu ambiente reflete no espaço como uma UTI daí de vocês.

E não só isto. Em cada ambiente da Casa Espírita companheiros da espiritualidade estão a trabalhar. E não só nos “dias de reunião”.

Assim é que mesmo quando fechada nos intervalos entre reuniões públicas ou não, os espíritos encarregados dos trabalhos na Casa usam o seu “espaço físico” para neles operarem os tratamentos espirituais não só daqueles que freqüentam a Casa quanto de outros cujos espíritos são levados até lá justamente pela harmonia das energias que estão nela.

Assim, amigos, devem estar na Casa Espírita tal qual no hospital, de forma respeitosa, mantendo-se não só em silêncio (quando necessário falar em tom o mais baixo possível) como também, seria até ideal, que se mantivessem em oração.

As vestes e a conduta moral também devem corresponder entre estes dois “ambientes”. Assim, nestes ambientes não é aconselhável o uso de fumo, bebidas alcoólicas, refrigerantes e tudo que possa perverter o trabalho doutrinário feito na Casa. As famosas “cantinas” devem também seguir os preceitos do Evangelho abstendo-se de servir aqueles alimentos já desaconselhados em tantas obras espíritas.

O comportamento daqueles que freqüentam (e não só quem vai buscar o que se convencionou chamar de “auxílio”), mas também aqueles que recebem o “rótulo” de médiuns devem ser adequados ao ambiente.

Deveis, irmãos médiuns, conscientizarem-se de suas tarefas e obrigações de forma a contribuírem não só para a harmonia do ambiente da tua Casa Espiritual quanto da tua própria evolução na seara do Cristo.

Estarás sempre que assim procederes em harmonia com os trabalhadores espirituais e assim contribuindo humildemente com todos os trabalhos operados na tua Casa Espírita.

Entendemos que muitas vezes é difícil manter-se em silêncio ou em oração. São amigos que se encontram, crianças que brincam e dúvidas que são esclarecidas.

Procure fazer tudo isto em ordem. Procurem lembrar sempre que necessitados estão sendo tratados. Quem sabe aquele que está ao teu lado pode estar recebendo assistência espiritual e tua atitude mais liberta pode estar influenciando de forma indevida o atendimento.

Lembra-te sempre disto. O teu silêncio pode significar ajuda maior do que de muitos médiuns que “trabalham” de forma ostentatória.

Cada um de vós pode considerar-se trabalhador de qualquer Casa Espírita. Pois não é necessário que sejas “médium”, no conceito amplo que lhe é dado, para fazer a caridade.

A caridade pode ser feita por qualquer um que isto desejar fazer. Basta que seu coração esteja repleto de amor e humildade. Que esteja predisposto a ajudar aquele que necessita e está ali, ao seu lado.

A caridade pode ser feita em silêncio. Com uma oração fervorosa. Como uma “conversa espiritual”, em silêncio, sem que outros que não aquele espírito que necessita a ouça.

Caridade pode ser feita com o toque da tua mão. Caridade pode ser feita com um olhar. Caridade pode ser feita com um sorriso. Caridade pode ser feita de qualquer jeito, irmão. Basta querer. Basta estar disposto.

Aproveita enquanto esperas pelo início da reunião espírita na Casa que freqüentas e ore. Ajuda aquele companheiro que está ali, fazendo barulho, fazendo algazarra.

Aproveita este momento e te reconcilia com a espiritualidade.

Faz a tua parte. Incentiva aquele que não está fazendo, a fazer.

Sirva de exemplo para tudo.

Graças a Deus,

Mensagem ditada em: 22.11.2001
pelo espírito: João Evangelista
na Casa de Catarina - RJ